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Os elementos externos de proteção solar podem ser horizontais ou verticais, ou uma combinação dos dois.
Estes elementos podem ser fixos ou móveis, onde a proteção solar fixa exige um projeto muito mais criterioso em relação às trajetórias solares para garantir sua eficiência.
Sombreamento com vegetação:
A vegetação pode ser utilizada como um eficiente elemento externo de proteção solar, onde podem ser utilizadas árvores de copa larga que auxiliem no sombreamento inclusive da cobertura, no caso de edificações residenciais ou vegetações arbustivas que protejam a fachada exposta a radiação oeste.
Para tanto, é necessário planejar sua localização de acordo com suas dimensões e áreas de sombra provocadas ao longo do ano.
Uso de pérgulas:
As proteções horizontais são mais favoráveis ao sombreamento das fachadas norte e sul, quando o sol encontra-se mais alto. As proteções verticais são eficientes para o sombreamento das fachadas nos horários em que o sol está mais baixo, ou para as fachadas em que os percursos solares estão, na maior parte, na diagonal em relação à fachada (Nordeste, Sudoeste, Sudeste).
Para proteção da fachada norte e sul, incluindo os horários em que o sol está mais baixo, o ideal é uma combinação de proteções horizontais e verticais.
O elemento de proteção solar horizontal mais comum é o beiral da própria cobertura da edificação. As venezianas externas também são exemplos de proteção horizontal e podem ser móveis ou fixas. Os toldos, geralmente proteções móveis, também são exemplos de proteção horizontal.
O uso de pérgulas, conjunto de brises horizontais alinhados lado a lado, é um sistema de sombreamento bastante eficiente e que também favorece a circulação de ar através dele, o que reduz as transferências térmicas para o interior.
Uso do cobogó. Sombreamento, iluminação e ventilação:
O cobogó, de grande aplicação no nordeste do país, é um exemplo de sistema misto em escala reduzida (BITTENCOURT, 1988) que além de proporcionar sombreamento, permitem a ventilação e iluminação, com a manutenção da segurança e privacidade dos ambientes.
Prateleira de Luz:
É possível utilizar um sistema semelhante a uma prateleira horizontal dividindo a janela em duas partes, inferior e superior, chamado PRATELEIRA DE LUZ.
A projeção da lâmina horizontal da prateleira em direção ao ambiente externo aumenta sua exposição à radiação direta e dessa forma, enquanto sombreia a porção inferior, ela reflete a luz incidente na sua superfície superior através da porção superior da janela em direção ao teto, sendo refletida com maior profundidade para o ambiente interior.
A parte da Prateleira de luz que avança no ambiente interno também reflete a luz que penetra pela parte superior da janela e homogeneíza a distribuição de luz pela diminuição dos níveis de iluminação das áreas próximas a janela. O dimensionamento da Prateleira de Luz deve ser feito de acordo com orientação solar da abertura e os períodos desejáveis de sombreamento, refletindo principalmente o sol de verão.
Cortina, proteção interna. Entrada da radiação direta:
É importante que os materiais utilizados nas proteções solares sejam de baixa capacidade térmica para assegurar que irão resfriar rapidamente com o pôr do sol. A refletância das cores utilizadas nas proteções solares pode ser uma fonte potencial de ofuscamento, portanto estas devem ser cuidadosamente localizadas, evitando o campo visual dos ocupantes.
Não precisa haver este tipo de preocupação para as superfícies sombreadas das proteções solares, que nesse caso podem ter cores claras.
Existem ainda elementos de proteção solar internos. Os elementos de sombreamento interno de janelas incluem persianas móveis verticais e de enrolar, venezianas e cortinas. Estes mecanismos de sombreamento apresentam a desvantagem de não impedir a penetração da radiação solar direta, que é obstruída pela cortina após ter passado pelo vidro, sendo refletida na forma de calor (onda longa) que permanece preso no interior da edificação, uma vez que o vidro é opaco à onda longa. KOENIGSBERGER (1980) afirma que a redução do fator de ganho solar é de 17% em janelas de vidro com veneziana interna (cortina).
Uso de Brise de Vidro:
Atualmente tem sido desenvolvida uma série de tipos de vidro com composição modificada para uma transmitância seletiva da radiação que impeça a penetração do infravermelho (onda curta), através da redução da transmitância, porém é preciso utilizar este tipo de tecnologia com muito critério, pois a redução da transmitância térmica é acompanhada de um aumento na absortância.
Uma alternativa para utilização deste tipo de vidro evitando o aquecimento causado pelo aumento da absortância é colocação dos vidros especiais como anteparos externos, à 1 metro de distância em frente a janelas comuns. Assim ocorre o impedimento da radiação solar direta e a radiação absorvida pelo anteparo de vidro é resfriada com a ventilação externa.
Os vidros de baixa emissividade, que apresentam transmitância seletiva através da reflexão seletiva, absorvem muito pouco calor, apresentando melhor efeito na redução do ganho solar total.
É importante destacar que o efeito do sombreamento externo é mais eficaz na redução dos ganhos térmicos internos do que o tipo de vidro.