• Anteprojeto
  • Estudos preliminares
Abrir Menu

Faça uma busca por uma cidade

Projeto de Proteção Solar

Ao iniciar a utilização da carta solar, o primeiro passo é definir corretamente a orientação da área destinada à futura edificação ou da fachada estudada do edifício.

O norte da carta solar deve estar orientado para o norte verdadeiro ou geográfico.

Se o projetista não tiver informação à respeito do norte geográfico da área em questão, é necessário o uso da bússola que indica o norte magnético e é necessário fazer uma correção em graus para o norte verdadeiro.

Como a declinação magnética varia a cada ano essa correção também variará.

À título de exemplo, apresenta-se a conversão do Norte magnético para o geográfico para a cidade de Brasília:

  • De acordo com o Sistema Cartográfico do Distrito Federal (SICAD) a variação magnética anual para a cidade de Brasília é de –6,71’. Dessa forma, se no ano de 1998 a declinação magnética (m) em Brasília era de –19º 33’, no ano 2002 essa declinação será de –19º 59’ 50’’ (m= 19º33’’ + (4anos x 6,71’)). O sinal negativo indica declinação à oeste, então o norte verdadeiro, para o ano 2002 em Brasília, estará a 19º 59’ 50’’ à direita do norte magnético.

Pode ser encontrado exemplo de conversão do norte magnético para o geográfico em BITTENCOURT (1988). O programa Declinação Magnética 2.0, disponível na página do LabEEE (www.labeee.ufsc.br) permite o cálculo da declinação magnética e outros parâmetros correlatos, aplicável ao território brasileiro.

Para facilitar o entendimento da aplicação da carta solar e da construção das máscaras de sombra demonstra-se a seguir, passo à passo, um estudo simples de insolação para uma abertura na fachada norte de uma futura edificação, realizado em uma área hipotética, cuja planta esquemática de situação é apresentada na Imagem abaixo. Comece orientando a carta solar para o norte verdadeiro da área em questão.

1º passo: Identificar os ângulos horizontais e verticais formados entre um ponto central da janela estudada e os vértices visíveis dos elementos do entorno. Em relação à identificação dos ângulos verticais deve ser considerada a altura da janela na fachada, posicionando o ponto na parte inferior da janela. Nesse caso, a janela está a uma altura de 0,90 metros.

2º Passo: Identificar os ângulos encontrados, no transferidor de ângulos definindo a máscara de sombra provocada pelos elementos do entorno (edifícios vizinhos) na abertura considerada.

3º Passo: Transferir a projeção dos elementos entorno para a carta solar.

Atualmente também existem instrumentos para determinação destas máscaras de sombra de forma mais prática. Na foto observa-se o aparelho Analisador de Mascaramento do Entorno, desenvolvido e produzido pelo Laboratório de Conforto Ambiental (LabCon) da UFSC, onde é possível observar o reflexo das projeções do entorno sobre a superfície convexa colocada sobre uma carta solar eqüidistante.

4º Passo: Para o projeto das proteções solares: definir o período de sombreamento desejado. Observam-se as sombras provocadas pelos edifícios vizinhos, onde a partir das 15 horas (HSV) ocorre o sombreamento desta fachada provocado pelo edifício A, e, portanto, a máscara de sombra pode ser determinada desconsiderando esse período. Como observa BITTENCOURT (1988), não se deve esquecer que as horas representadas na carta são horas solares, diferentes da hora legal.

5º Passo: Identificar através da sobreposição do transferidor de ângulos sobre a carta os ângulos necessários para mascaramento do período definido para a janela da fachada considerada.

6º Passo: Definição das proteções solares da janela baseada nos ângulos da máscara de sombra definida.

Aplicações práticas de Projeto de Proteção Solar